A MINHA INDIGNAÇÃO COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Como muitas de vós sabem eu sou funcionária pública. Trabalho para o Estado Português desde o inicio de 86 o que perfaz agora em 2010, 24 anos de trabalho ininterrupto.
Quando iniciei a minha vida na função pública foi na categoria mais baixa e depois fui concorrendo chegando depois de muita luta, à categoria de administrativa que actualmente se chama assistente técnico.
Nestes anos de muito trabalho e dedicação sempre procurei fazer o melhor, dedicando-me de corpo e alma e agora sou confrontada com mais um dissabor entre muitos outros provocados pela nova Legislação.
Estou a trabalhar num organismo que pertence ao Ministério do Ambiente e decidi que depois de me encontrar há tantos anos a trabalhar como administrativa tinha chegado à altura de fazer outros trabalhos que exigissem de mim, uma outra forma de estar e de trabalhar porque a burocracia é pesada e, estou cansada dela e gostava de fazer algo diferente, pelo que decidi concorrer ao concurso aberto pelo Governo Civil de Lisboa para a Loja do Cidadão com 12 vagas. Fui sujeita a testes escritos e psicotécnicos, todos eles de carácter eliminatório. Fiquei classificada na 6ª posição. Depois de concluído o processo de selecção fui chamada ao Governo Civil para a negociação ao abrigo da “famosa” Lei nº 12-A e onde se iria negociar o vencimento.
Qual foi o meu espanto que actualmente me encontro na posição remuneratória 6ª e foi-me proposto a 4ª posição remuneratória. Ninguém gosta de mudar de organismo e ver o seu vencimento diminuído de 103,00€. Não estava à espera que me fossem propor um grande aumento de salário face à conjectura actual mas que pelo menos me mantivessem o vencimento actual, nunca me baixando o salário, sem razão que o justificasse.
Quero compartilhar com todos esta desagradável situação com que fui confrontada.
Maria Cristina Lacerda

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